MCN414-Educ Alimentar Nutricional IIIO desvelar das relações de poder na sociedade contemporânea, a construção concreta da opressão, onde o oprimido está subserviente ao opressor; a observação de que essas disparidades se refletem no campo da saúde, a exemplo da relação profissional-usuário, do ato de cuidar, da desumanização do sujeito em processo de adoecimento e entre as classes de profissionais (com mais e menos prestígio social) e; a superação da opressão através da educação. Apresentaremos as contradições opressores-oprimidos no campo da nutrição, onde a racionalidade centrada no nutriente, distanciada das dimensões sociais do humano, das situações de fome e obesidade, da multidimensionalidade da alimentação (direito, cultura, ambiente, psicossociais, econômicas) e acerca da a medicalização do alimento e da prescrição da vida, revela-se em um instrumento de opressão. A superação-transformação da situação concreta da opressão na saúde se dá pela escolha do caminho do diálogo, da educação como prática da liberdade, do ato de cuidar pautado na amorosidade crítica, no saber ouvir, no considerar a humanidade dos sujeitos, entre outros princípios da Educação popular em saúde. Planejamento e desenvolvimento de ação educativa em Alimentação e Nutrição com coletividades usuárias do SUS e em processo de adoecimento-cuidado, tendo como referencial as bases teóricas e metodológicas da educação popular. Disciplina vinculada ao projeto de extensão registrado no SIGA PR-5: Vivenciando a Educação Popular junto a grupos populares e a usuários do SUS por meio das disciplinas de Educação Alimentar e Nutricional II, II e III.

___BIBLIOGRAFIA BÁSICA___
1- BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social. Marco de Referência de Educação Alimentar e Nutricional para as Políticas Públicas - Texto Preliminar para Consulta Pública. Brasília, 2012. Disponível em: http://fs.unb.br/opsan/consulta-publica/pdf/Marco_referencia_Textocompleto.pdf. Acesso em 04/10/2012.
2- BRASIL. Guia alimentar para a população brasileira. 2a ed. Brasília: Ministério da Saúde/Secretaria de Atenção à Saúde/Departamento de Atenção Básica, 2014.
3- COLOMBO, A. A. & BERBEL, N. A. N. A metodologia da problematização com o Arco de Maguerez e sua relação com os saberes de professores. Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 28, n. 2, p. 121-146, jul./dez. 2007. 
4- FERNANDEZ, P. M. & RECINE, E. Metodologias participativas para ações de Educação Alimentar e Nutricional. Brasília:OPSAN/UNB, 2016. 
5- FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. 17a Ed. Paz e terra, Rio de Janeiro, 1987.
6- FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. 17a Ed. Paz e terra, Rio de Janeiro, 1987.
7- FREITAS, MCS. Agonia da fome [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ; Salvador: EDUFBA, 2003. 281 p. Disponível em:  https://static.scielo.org/scielobooks/r9y7f/pdf/freitas-8589060047.pdf. Acesso em: 05 de janeiro de 2019.
8- HELMAN, C.G. Dor e cultura. In: Cultura, saúde e doença. Porto Alegre: Artmed, 2003. 
9- LARROSA, J.B. Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação. 2002, n. 19, p.20-28. 
10- MINISTÉRIO DA SAÚDE. Cadernos de Educação Popular em Saúde I e II. Textos básicos de saúde. 
11- SANTOS, B.V.S. Para uma pedagogia do conflito. In: FREITAS, A.L.S.; MORAES, S.C (orgs). Contra o desperdício da experiência: A pedagogia do conflito revisitada. Rede EDITORA, Porto Alegre, 2009.

Educ Alimentar Nutricional III

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